O que você não quer ver.

       Oss!
    
       O Programa Karate-Do desta semana trás definições sobre minha concepção do Karate-Do. Dificilmente foco no público graduado faixa preta e muito menos foco em profissionais mais graduados que eu ou mesmo os mais antigos. Mas nessa edição do programa, trago uma reflexão sobre o Karate-Do Shotokan Ryu para aqueles que não entenderam ainda a minha concepção do que seja o Karate-Do e sobre seu potencial diante de outros estilos e artes marciais que lutam dentro de outra realidade.

        Dificilmente também os críticos aparecem e dão o ar da graça sobre o que pensam de mim e do que apresento a respeito das possibilidades que a arte nos oferece, mas sim geralmente apenas os simpatizantes aparecem e se manifestam. Posso garantir aos amigos que acompanham o blog do Programa Karate-Do, que essa maioria que entra em contato, manda e-mails com perguntas, aqueles que compartilham as matérias, textos e vídeos etc, esses são verdadeiros trabalhadores atentos do Karate-Do. Não acredito no Karate-Do Shotokan Ryu como uma arte engessada e fadada a ser vista de oito a oitenta, ou seja, como uma arte que já foi marcial e hoje se converteu a um mero esporte com suas regras, ou que seja uma arte marcial, mas que todos já possuem clara ideia de como age em ação e toda a sua metodologia.

        Acredito que a arte ainda seja um grande mistério tão quanto sempre foi para nós, desde que chegou aqui no Brasil. Acredito também por constatação através de estudos com meu Shihan o Kyoshi Kung e por observações minhas de mestres japoneses que vivem no Japão e no Brasil, que há muito mais por trás dessa arte que os mestres não mostram abertamente.

        Tenho certeza absoluta de que existem aplicações diversas dentro do Karate-Do Shotokan o qual me permito introduzir sempre o Ryu por se tratar a décadas já, de mais um estilo e escola de Karate, assim como também contatei isso em aulas com o Kyoshi Kung. Meu trabalho tem se definido nos resultados dos estudos com meu mestre e minhas próprias conclusões observando os mestres japoneses e as possibilidades de uso da arte. Muitas vezes posso até quem sabe ir em direção contrária a do meu mestre a respeito do entendimento de um movimento de Karate e alguma aplicação, mas penso que isso seja parte de um processo que ocorre com todo estudante sério de artes marciais.

        Acredito que desde que não venhamos perder a essência da arte, as características da mesma e muito menos inventar novos estilos ou movimentos sem funcionalidade alguma, estaremos mantendo a arte viva, forte e acima de tudo estaremos mostrando o quanto ela é completa e atravessa os tempos provando ser única tendo respostas para todo tipo de situação. É uma pena que muitos não vejam assim e não acreditem em algumas aplicações que fazem sentido existirem dentro do Karate-Do Shotokan Ryu só pelo fato das aplicações parecerem estarem sendo importadas de outros estilos e artes marciais.

      Gostaria de esclarecer aos amigos que não concordam com minha concepção da arte, que opinião cada um tem a sua, posicionamentos também e a minha opinião e posicionamentos sobre o Karate-Do Shotokan Ryu não mudará nada no universo dessa arte, pois sou apenas mais um na multidão. Mas gostaria de lembrar a esses, que existe um exército de pessoas que pensam como eu, ou seja, que acreditam que o Karate-Do Shotokan Ryu possui diversas aplicações que não aparecem comumente nos aulões desses mestres japoneses, mas que constatamos existirem em seus vídeos particulares.

      O Kyoshi Kung é um homem que estudou profundamente os katas do Karate-Do Shotokan Ryu e lhes garanto, nos katas Shotokan existem diversas aplicações que não vemos comumente os mestres consagrados mostrar, mas que os mestres brasileiros antigos que tiveram acesso ao estudo com mestres japoneses no Brasil ou no Japão, aprenderam muitas técnicas e aplicações dos katas.

    Espero que os amigos gostem do programa desta semana, pois vai irritar a muitos e esclarecer mais ainda a outros!

     Uma ótima semana para todos!
 
      Oss!

      Sensei Allan Franklin.