Movimentos livres de Karate-Do



       Oss!


       Trago mais um vídeo com intuito de mostrar o que devemos buscar em termos de movimentações explosivas, com arranques do quadril e agilidade. Agora, gostaria também de salientar que tudo isso deve ser buscado para que se chegue ao ponto de fluir naturalmente tais movimentações.
       Não acredito que os movimentos devam ficar ensaiados, coreografados beirando ao teatro, mas sim devem fluir como fruto de um estudo esforçado para que esses movimentos sejam naturais. Sem haver naturalidade não haverá eficiência. Por isso com certeza podemos facilmente afirmar que o Karate-Do e qualquer arte marcial que nos exija compreensão dos katas ou formas, são de extrema dificuldade para se alcançar a maestria. E por isso mesmo, devemos entender que é justamente por isso que da década de noventa para cá a busca por sistemas marciais sem katas cresceu, pois como sempre digo, está tudo ligado a.UFC e ao d. UFC.
       A partir do momento em que as pessoas descobriram outras artes marciais também eficientes que não exigiam que praticassem e entendessem  katas, podemos entender  o porque nossa arte ficou tantos anos esquecida. Certa vez escutei um indivíduo falando do seu próprio estilo e o mesmo dizia: "esse estilo, ou entendemos ele ou não entendemos." Acredito que isso sirva para todos e de fato muito mais ainda para o Karate-Do. Em dias que não consigo treinar pela correria da vida que por acaso não me permite nem mesmo ir estudar Karate-Do com meu Shihan, parece que não treino a mil anos e os erros e falhas me perseguem nesses momentos fazendo até que canse mais rápido.

       Por isso digo sempre:

O Karate-Do não nos permite um dia só sem contato algum com ele!

E de fato para que flua tão naturalmente quanto flui o Judo e o Ju Jutsu para especialistas dessas artes que em seus estudos desses caminhos encontram mais naturalidade desde a aprendizagem desses sistemas até as aplicações das técnicas, devemos treinar ao ponto de entendermos a arte. Uma coisa é certa, o condicionamento físico para boa aplicação deve estar presente e ser buscado, pois caso contrário essas explosões aí não acontecerão e a arte será feita sem alma.
         Ou se entende ou não se entende os katas e os movimentos que aprendemos e estudamos na prática do Karate-Do. Não queira fazer movimentos bonitos sem aplicação sincera e sem alma. É melhor praticar alguma arte que não conte com katas como as da moda, do que praticar Karate-Do e não entender esta arte marcial e expor a mesma ao ridículo.
         O que mais vemos por aí e vimos ao longo das décadas e isso aconteceu muito nos anos noventa, foi justamente pessoas praticando uns meses Karate-Do ou as vezes até mesmo apenas uma semana e se desligando do Karate-Do por falta de compreensão da arte. Até aí tudo bem, o problema é que estas mesmas pessoas geralmente saiam falando mal da arte dizendo que aquilo é ruim ou não funcionaria em realidade.
          Então a identificação com a arte é muito importante. Sem essa identificação não haverá progresso na caminhada. E aqueles que começam neste momento a busca da prática do Karate-Do devem entender duas coisas aparentemente contraditórias neste caminho, mas que são verdadeiras, ou seja, o Karate-Do deve ser estudado com paciência para que seja entendido e flua com todos seus movimentos complexos em luta real com verdadeiro entendimento do que se está fazendo. Mas o estudante não deve acreditar que vai lutar como nos filmes belamente e que pouco será acertado em combate, pois luta é luta e como sempre digo também, é feita de momentos espontâneos  os quais fluem de acordo com ações e reações.
         Por mais treinados que estejamos no Karate-Do, sempre haverá o risco de  sermos acertados e a tendência é da luta ser objetiva. E caso encontremos algum adversário com conhecimento igual ou equivalente, a luta tenderá a ser tão feia quanto seria a luta de dois lutadores de rua, mas o importante é não sair do estilo. E para tal somente a prática nos levará a perfeição possível de ser atingida e não a cinematográfica.
          Um lutador de Judo e Ju Jutsu brasileiro por exemplo, não se preocupam em fazer uma luta bela, mas sim eficiente e este deve ser nosso desejo e meta. Mas ao mesmo tempo devemos entender que por mais belos que sejam os katas, não devemos buscar aplica-los de maneira bonita, mas sim eficiente colocando na prática a eficiência dos mesmos.
           O que acontece e alguns ignoram, é que entendendo bem os katas, certamente a luta elevará em eficiência e beleza naturalmente sem que haja a necessidade de preocupação com isso.

Vamos estudar o Karate-Do verdadeiramente! Vamos entender o que é essa arte e não tentar chegar ao entendimento do que seja  a execução desta arte a rigor, nos baseando visualmente no que vemos dos grandes mestres japoneses e de Okinawa executando o Karate! Mas sim vamos deixar com que nossos corpos entendam a arte, para que exista realidade em nosso Karate-Do!

Oss!

Sensei Allan Franklin.



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