Explicações sobre a minha visão sobre o Karate-Do Shotokan Ryu.




      Oss!


      Comentando com um  dos muitos amigos que acompanham meus estudos e trabalhos referentes ao Karate-Do Shotokan Ryu, disse a ele o quanto é solitária a busca pela compreensão dessa arte marcial que é o Karate-Do que se define como uma arte prática, direta e objetiva beirando a simplicidade, mas que ao mesmo tempo, se mostra muito complexa no que diz respeito ao entendimento e compreensão do que ela seja para atingirmos dentro dessa simplicidade, o entendimento dela.
      Não seria diferente em outros caminhos marciais e caminhantes dos mesmos tal busca solitária, ou seja, acredito ser uma constância tal solidão na busca do entendimento. Cada um de nós atinge dentro do seu grau e eu dentro do meu pequeno conhecimento, um entendimento do que seja a arte marcial que praticamos. Mas penso que independente do entendimento que chegamos e conclusões do que seja o Karate-Do em si, acredito que tudo seja mutável, ou seja, a compreensão que tenho hoje, com os longos anos que tenho de estudo pela frente sem interrupção alguma, podem me dar outro panorama distinto do que tenho hoje. E com isso há sim a possibilidade de constatar equívocos da minha parte dentro do meu estudo de Karate-Do assim como constatar que estou certo hoje.
      Independente do que venha a acontecer no meu estágio de amadurecimento dentro do Karate-Do Shotokan Ryu e no Karate em si, uma coisa é mais do que certa, minha intenção aqui independente dos meus estudos e conclusões, é notoriamente unir a todos nós do Karate-Do e fazer com que a conscientização da marcialidade do Karate-Do seja uma constante crescente no meio do Karate-Do.
       Com isso desejo que as lideranças se unam pela arte, mas isso não significa que acredito  tolamente numa união entre mestres e professores de Karate-Do ao ponto que todos olhem na mesma direção no que diz respeito ao entendimento da arte marcial Karate-Do, pois isso não ocorreu nem mesmo entre os mestres da JKA.
      Até mesmo o Shihan Sohaku Bastos me disse em conversa no facebook certa vez, que o Shihan Tetsuhiko Asai lamentava seus colegas da JKA não terem a mesma visão dele sobre o Karate-Do. Acredito que o Shihan Hirokazu Kanazawa também tenha visto a coisa desta forma. Então neste vídeo mostro um pouco do meu entendimento do que seja o Karate-Do como certamente você que lê esse texto e verá este vídeo, provavelmente tem outra concepção da arte ou até mesmo pontos parecidos com os meus,
      Por isso mesmo se evidencia a riqueza do Karate-Do que por vezes faz com que muitos batam cabeça de quem está ou não com a verdade e representaria o autêntico Karate-Do tradicional, sendo que ao meu ver todos estão com esta verdade e representam o tradicional. Resta saber o que seria tradicional na cabeça de muitos! Ser tradicional é ter uma forma óbvia que se limita ao que todos conhecem em execução uniforme sem a oportunidade de vermos a arte viva sendo apresentada de maneira diferente? Ser tradicional é jamais se permitir descobrir aplicações as quais muitas delas existiam em Okinawa, mas que caíram em desuso em função do direcionamento esportivo da arte? Por isso é muito importante a reflexão sobre o assunto e ao se constatar que a essência da arte não foi alterada, a arte ali está viva e sendo apresentada, ainda que você não tenha deslumbrado o Karate-Do daquela forma antes.
      Quem vai dizer que homens como Kanazawa Shihan, Asai Shihan, Yahara Shihan, Tanaka Shihan, Nakayama Shihan, Abe Shihan, Kase Shihan, Nishiyama Shihan etc. estariam errados em suas respectivas concepções sobre a arte que muitas vezes difere entre eles? E quem irá dizer aqui mesmo no Brasil que grandes mestres como Benedito Nelson Shihan, Sohaku Bastos Shihan, Uriu Shihan, Yasutaka Tanaka Shihan etc. também estariam equivocados em suas concepções sobre o Karate-Do?
     E quem de nós pode afirmar que todos eles apresentaram o mesmo Karate-Do Shotokan Ryu? Ninguém! E isso se deve a realidade de duas coisas presentes. A primeira é que se evidencia a riqueza desta arte marcial e as barreiras que a mesma quebra diante de um processo natural que ocorre com o segundo processo mencionado por mim, ou seja, a segunda coisa que faz com que a arte entre tantos mestres citados se manifeste de forma distinta entre eles, mas ao mesmo tempo com a mesma essência e fundamentos.
      Me refiro ao fato do ser humano não ser igual um ao outro e com isso obviamente a arte é viva como é o próprio ser humano e a arte se manifesta de maneira diferente em cada um de nós, Por isso desde que não permitamos  que os fundamentos sejam alterados, quem poderá dizer que essa expressão ou aquela do mesmo Karate-Do que é estudado por todos nós, não é autêntica?

Que tal reflexão do vídeo e texto sejam de bom proveito para os amigos!

Oss!

Sensei Allan Franklin.




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